Fechando um pacote de fotos a distância

Assim como os piauienses Cícero e Anne Carolline, que se casaram em Aracaju, longe da cidade na qual decidiram viver; muitos casais também passam pela mesma situação de ter que escolher o fotógrafo a distância. Além disso, está na moda casar em resorts localizados em praias paradisíacas, até mesmo fora do Brasil. Mas, nesse caso, como escolher o fotógrafo? Será que vale a pena levar um profissional que você já conhece ou tem alguma referência?

Para Bruno César, a internet é uma ferramenta que ajuda nessa difícil decisão. “Como qualquer outra aquisição, o segredo é pesquisar muito e ter boas referências. Se não tiver alguém que já conheça o trabalho do profissional, analise direitinho o site e as redes sociais. Atualmente, 90% dos meus clientes chegam por indicação. Então, para os outros 10%, eu acho que o site ajuda bastante. O site mostra o profissionalismo do fotógrafo”, ressaltou Bruno, lembrando que o cliente deve verificar se as informações estão organizadas por categorias, se o menu é de fácil acesso, se o conteúdo está atualizado, se existe o perfil do fotógrafo e os contatos.

Também é imprescindível que o fotógrafo tenha redes sociais. “Eu vendo muito para clientes que me encontraram pelas redes sociais. Toda vez que posto um trabalho, sempre aparecem de cinco a dez pessoas pedindo informações. É uma vitrine, um material de publicidade gratuito e com retorno muito alto. É importante estar em todas as redes e deixá-las atualizadas. Percebo também que muitas pessoas gostam até de acompanhar a vida pessoal do fotógrafo. Isso tem um lado positivo porque acabam se identificando, observam se o fotógrafo é casado, se gosta de criança, se tem algum pet”.

Depois de analisar bem o site e as redes sociais do profissional, é hora de entrar em contato. Novamente, a internet é uma aliada. O contato pode ser por telefone, e-mail, pelo WhatApp, pelo inbox do Facebook ou Instagram. Porém, o que vai contar mesmo é a atenção dispensada pelo fotógrafo. “Fechar contrato de casamento a distância é algo um pouco tenso; tanto para os noivos, por contratar alguém sem o contato pessoal; e também para o fotógrafo. Acho que ambos têm um pouco de receio e ansiedade. Eu priorizo muito o contato. Nada melhor que uma boa conversa”, enfatizou Bruno.

E é na conversa que Bruno procura conhecer o cliente, saber os gostos e perfil do casal, o estilo da cerimônia e detalhes da ocasião. “Podemos conversar quantas vezes forem necessárias. Depois disso, mando o orçamento. Como o casal sempre chega à cidade alguns dias antes da cerimônia, aí marcamos um encontro para nos conhecermos pessoalmente e assinar o contrato. Pode ser até algo mais informal, um café no shopping”, explicou Bruno.

Se a ideia é casar fora do Estado ou do país onde vai residir, o casal pode pedir um orçamento para um fotógrafo já conhecido e calcular se não é mais vantajoso e seguro levá-lo a tira colo. “A primeira impressão é que deve ficar caro levar um fotógrafo da sua cidade. Mas o casal pode se surpreender, mesmo com os custos da viagem, a diferença pode ser mínima. Por já conhecer e gostar do estilo, eu acredito que vale a pena levar o fotógrafo da sua cidade na bagagem. Já aproveita e faz a cobertura da lua de mel. Eu mesmo adoraria e já até tenho algumas propostas para sugerir aos noivos”.

Texto: Janaína Cruz (DRT 857/SE)