Sabe aquela sensação boa de quando você conhece uma pessoa e simpatiza logo com ela? Ou aquele profissional que vai prestar um serviço para você e a impressão que ambos têm é que até já se conheciam? Pois é, muitas vezes isso acontece entre o fotógrafo e o cliente. A sintonia entre os dois faz toda a diferença no resultado do trabalho, propiciando fotos mais espontâneas. Mas se isso não acontece, não tem problema! Um bom fotógrafo saberá captar os melhores ângulos até mesmo dos clientes mais tímidos e fechados.
Bruno César tem uma metodologia de trabalho para conquistar essa sintonia com o cliente. “O primeiro passo é marcar aquela boa e velha reunião presencial. Porque além do orçamento, a gente já tem o primeiro contato e ali o cliente pode perceber se o perfil do fotógrafo bate com o perfil que ele gosta. A qualidade do atendimento é essencial e marca bastante. Tanto que é comum a gente constatar na área de vendas e de marketing que o cliente lembra muito mais de um bom atendimento do que do preço”, disse.
Nessa primeira conversa, que em tempos de pandemia da Covid-19 passou a ser virtual também, o fotógrafo analisa o comportamento do casal. “A gente conversa bastante, sinto a energia do casal e eles também têm a oportunidade de me conhecer. Mesmo quando tem reunião presencial, envio depois um questionário mais detalhado, com perguntas-chave, para conhecer e respeitar o estilo de cada um. O preço procuro informar por último. De nada adianta que o trabalho seja caro ou barato, se o estilo não lhe agrada”, salientou Bruno.
O fotógrafo experiente também procura equilibrar essa sintonia com o cliente, para não ultrapassar os limites da intimidade de cada um. “A intimidade é importante, mas a gente não pode ultrapassar a linha do respeito. Cabe a mim perceber isso. Não existem regras. Tem pessoas que gostam e aceitam as brincadeiras, mas alguns só aceitam a brincadeira ali no ambiente intimista, entre o fotógrafo e o casal, como no pré-wedding, por exemplo. No ambiente público, a exemplo da cerimônia ou da festa, tem casais que já não se sentem à vontade. Cabe ao fotógrafo prestar atenção e saber até que ponto pode chegar”, orientou.
E quando o fotógrafo percebe que o cliente é mais fechado ou tímido, esse limite é respeitado e o trabalho feito de outra maneira. “Claro que com mais interação o resultado é diferente. Porém quando não acontece, invisto na parte mais técnica da fotografia. Não é o que gosto de forma particular, mas me dedico de igual forma para obter um bom resultado”, garantiu Bruno. Ele citou o exemplo da noiva Elânia, e o marido Cristiano. Ambos acabaram se sentindo à vontade com o fotógrafo e as fotos captaram os momentos de descontração entre eles.
Texto: Janaína Cruz (DRT 857/SE)
Bruno conta que já aconteceu de a sintonia com os clientes ser tão forte a ponto de se tornar uma bela amizade. “Criei laços de amizade com muitos clientes. Interagimos nas redes sociais, combinamos de sair. Sempre recebo mensagens perguntado como estou, como está minha família. Não são todos, claro, mas recebo muitos depoimentos de clientes que eu, o fotógrafo, acabo virando um amigo. Para alguns deles, acabei me tornando o fotógrafo oficial da família, acompanhando outros eventos depois do casamento, como batizados e aniversários. Isso é muito gratificante”, comemorou o fotógrafo.